sábado, 10 de março de 2012

Bastardos do Brasil.

Nascidos da poeira dos paralelepípedos do antigo pedaço de começo da cidade antiga
respiram os maus ventos desprovidos de sobrenome
o unico vulgo que de sina que eles tem é fome
desaparecem como vultos na calada-gritada da noite
fantasmas eles são para o animal humano que fecham os olhos para a desgraça alheia
pobres diabos de almas pequenas que um dia a de sentir o afago da felicidade
ninguém sabe ao certo suas idades ou sonhos ou versos ou até seus amores diversos
que por tostões os satisfazem.

terça-feira, 6 de março de 2012

Irei dar-lhe uma dica

Irei dar-lhe uma dica
de tal beleza e de onde ela fica
observe a tua face que de angelical magnifica
e que da cor do mar teus olhos se destacam
mas como é de beleza tão rara
os olhos são detalhes da janela da alma
já que a indecisão que mim cala me faz a perguntar
de que lado ela é mais bonita ?

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

presente

Quando entro em meu futuro automaticamente apago o meu passado
mas estou aprisionado a viver com essa dor
me sinto confuso com a minha confusão !

Menina-mulher


Em um quarto escuro de um lugar qualquer
está ali deitada minha menina-mulher
meu nome cravado no seu braço ficou
só na lembrança do momento que no tempo congelou
e nesse mesmo quarto escuro o seu pranto
no meu ombro derramou 
todo céu parou 
para escultar a menina-mulher que gritou
nenhum pássaro cantou
e o silencio se calou
depois que a menina-mulher chorou
tom negro em seus olhos
cor de sangue em sua boca
ela rasteja até a porta
buscando a saída a noite toda
seu corpo queima em uma silhueta que brilha
ela é um anjo de asas cortadas
cheio de pecados e feridas
e entre sangue penas e mentiras
eu grito para o infinito ouvir
eu amo você ...

Meio

Os seus fluidos ainda estão em mim
arrepia-se até o ultimo fio de alma que existe
torno a ver os filhos mortos espalhados pela pele macia
era escuro e através de mentiras eu a revi
a boneca de pano que vivia a torturar o meus pensamentos cansados
agora ela tem asas de penas brancas
e a silhueta do teu corpo nu reflete aos meus olhos
esculto os fantasmas dos teus passos andando pelo quarto nas noites de todos os dias
de agora em diante essa agora é a minha sina !

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Divido em dois oque nunca acaba.

Tudo está cinza embaçado
cego por não querer enxergar
não tenho mais medo de ver quem meche na maçaneta
é o vento... apenas o vento
tudo agora são apenas visões distorcidas
as lembranças são como um flash
uma mentira contada a mim mesmo
me renego me flagelo me suicido a cada sorriso dado
o sorriso é o maior ato de auto-ilusão que eu possa ter tido em toda a amarga vida
mas a única coisa que te peço é que apague meu fogo com gasolina
não importa
não vejo mais graça nisso não vejo graça em nada
nem sei mais se minha mente está meio insana ou meio lucida
oque nada muda nunca existiu
os mortos deveriam chorar por nós,por que com toda certeza eles estão em um lugar melhor
sinto o calor da tua voz
sinto o teu cheiro em meu corpo oco
quero você perto de mim até nas horas felizes
eu quero você aqui em mim
leve oque é seu de mim
tudo
não fale nada agora
só me deixe te tocar
só me deixe entrar em você
só me deixe saber o quanto de mim tem em você
e não fale nada agora

"as vezes o silencio é a melhor resposta"
Tudo está cinza embaçado...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um poema de uma poetisa

E nessa noite de verão fria e chuvosa vou me dando conta cada vez mais de que eu te amo e que não sei viver sem você. Bate a saudade, a vontade de chorar e de te ter aqui comigo para sempre. Fico perambulando descalça pela casa, chão frio, sinto frio e uma vontade enorme de te ter comigo me esquentando.


Elaine C.